sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

RANKING TRABALHO INFANTIL NO BRASIL


Esta semana saiu na imprensa local o ranking do trabalho infantil no Brasil. Entre 2009 e 2010, o Ceará caiu do 4º para o 15º lugar na pesquisa. Esses dados foram levantados pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), de acordo com os resultados do último censo, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontou um total de 38.691 crianças e jovens até os 13 anos de idade em condições de trabalho infantil, no estado. No Brasil, o número é de 709.989 crianças.

Antônio de Oliveira Lima, procurador do trabalho, afirmou que o Ceará subiu 11 posições devido a um conjunto de ações postas em prática pelo MPT e pelas instituições que compõem o Fórum de Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente (FEETI). 

Anualmente são feitas campanhas na época do dia 12 de junho, o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, além do trabalho realizado em 130 municípios cearenses, pelos educadores do Programa de Educação contra a Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (PETECA). 

O fato das famílias inscritas no  Bolsa Família receberem o benefício apenas se as crianças estiverem frequentando a escola, também foi um fator que colaborou com os resultados, segundo Oliveira Lima.

Devemos comemorar a conquista, no entanto, não podemos nos acomodar e esquecer que ainda há muito a fazer. O Brasil firmou um compromisso com a Organização Internacional do Trabalho que tentará erradicar as piores formas de trabalho infantil até 2016.

E agora, após todas essas informações, fica a pergunta: o que nós, que trabalhamos com o brincar, podemos fazer para contribuir com a diminuição do número de crianças cearenses que hoje são forçadas a trabalhar? Criança nasceu para brincar, ser livre, correr, pular, rir muito, e se desenvolver de forma plena e integral. Tirá-la desse universo e expô-la a atividades perigosas, penosas e insalubres é uma agressão ao seu ser e aos seus direitos.

Os educadores sociais brinquedistas podem levar o tema da exploração do trabalho infantil para ser discutido dentro das escolas que visitam; ou entre as famílias que acompanham os filhos nas brincadeiras. 

Ele pode virar tema de peça teatral, de esquete, de uma atividade de pintura, de leitura ou de desenho. Assim, as crianças e adolescentes tem chance de também expor o que pensam, de uma forma mais leve e apropriada. Uma coisa é fato; quanto mais se falar, refletir, discutir, chamar atenção para o assunto, com certeza estaremos contribuindo para que nas próximas pesquisas, coloquemos o Ceará não no 15º, mas no último lugar deste ranking.

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